terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Joy - Um Nome de Sucesso [Crítica - Especial Oscar 2016]


                                                         Especial Oscar 2016
                                                  Melhor Atriz - Jenifer Lawrence

    Admito que como muitos só fui assistir "Joy" por culpa de sua indicação ao Oscar, mas o filme possuía diversos ideais muito interessantes. Logo nas primeiras cenas, o telespectador percebe que verá a concretização do sonho americano, e que a Joy e o arquétipo da mulher feminista perfeita. Essas ideias são muito interessantes, se abordadas da maneira correta. O ideal americano puxaria o roteiro enquanto o feminismo construiria uma boa personagem, uma que seja perfeita e ao mesmo tempo imperfeita.

     Infelizmente o filme acaba por sacrificar todos os seus personagens para a concretização desses sonhos. Joy (Jenifer Lawrence) é nós apresentada como uma típica suburbana americana, que possui tanto uma casa quanto uma família se despedaçando. Joy sacrifica todos os seus sonhos para tomar conta de sua família desastrosa, na qual todos parecem se unir para deixa-la louca e se aproveitar dela. Quase todos os personagens no filme entram em cena só para complicar a vida de Joy, colocando sempre uma pedra a mais em seu caminho; e aqueles que ajudam Joy são mau aproveitados possuindo poucas cenas. Em meio essa obsessão de declarar Joy uma mulher bondosa, decisiva, batalhadora e genial (O sonho feminista), todos os outros personagens foram usados apenas para ressaltar a superioridade de Joy.

      Gosto muito de Jenifer Lawrence, e acho ela uma atriz excelente (Que mereceu ganhar o Oscar com "O Lado Bom da Vida"), mas admito não ter gostado de sua atuação, não o suficiente para premia-la. Mas se refletirmos que na verdade ela segurou o filme todo sozinha, já que os outros atores possuem pouca influência no filme, ela realmente merece ser parabenizada tornando sua indicação justa, mas mesmo assim acho que ela não ganha de Cate Blanchett em "Carol".

    "Joy" é um filme que trabalha em cima de sonhos e ideais, já que desde seu principio o filme flerta com os sonhos feministas e americanos. O filme se constrói inteiramente em cima desses sonhos, deixando de lado todos seus personagens e diálogos, para ressaltar a protagonista. Mesmo com uma atriz do calibre de Jenifer Lawrence o filme sofre pelo interminável monologo de Joy, tornando-o por fim um filme raso, mau aproveitado.

                                                              Nota: 2,5*
*Iria dar 3, mas tirei 0,5 pela preguiça da equipe de não pesquisar sobre suas músicas, e chamar diversas músicas BRASILEIRAS e Venuzielanas

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