quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Westworld - O lugar onde ninguém tem alma [Crítica]


    Vou te dar uma pequena situação, e em troca você me dará uma resposta: Você está sentada numa mesa, descansando depois de uma longa semana de trabalho. Mas enquanto você admirava aquela bela praia a sua frente, uma pessoa a sua esquerda domina sua visão. Você vê ali uma figura extremamente bela, que te atiça da ponta do pé até seu último fio de cabelo. A pessoa de seus sonhos, bela como nos sonhos, sensual como nos sonhos. O que você faria?   Guarde a resposta por mais algumas palavras por favor, já, já retomo ela.
...
      Westworld é um filme da década de 70, que provavelmente você só conhece pela nova série da HBO, não se envergonhe, também só conheci pela série. O filme original tem como conceito... Quem quero enganar, você não estaria aqui se não soubesse, certo? Por isso vou introduzir o mais breve o possível, sinta-se livre para pular.  O enredo gira em torno de um parque de diversão que situa seus visitantes em três diferentes espaços: Um medieval, um romano e o principal, o Velho-Oeste dos E.U.A. O que seria apenas um passeio de verão no parque logo se transforma num show de horror, quando as máquinas que deveriam servir os visitantes passam a mata-los. Passado essa introdução inútil e rasa, vamos para o que importa de verdade


        Westwolrd pode ser dividido em 3 partes: A primeira que introduz o telespectador ao parque, a segunda na qual os robôs começam a apresentar defeitos, e a terceira em que os robôs realmente passam a matar e perseguir as pessoas. Dividir o filme assim, além de facilitar minha vida, mostra claramente a diferença de tom do filme; com a primeira e segunda parte sendo uma aventura de ficção-científica e a terceira um filme de terror si-fi.

         Na primeira parte do filme percebemos o por que ele se tornou tão relevante ao ponto de merecer uma série anos depois, uma forte crítica social. Lembra daquela situação que criei no início da crítica, então, vamos retoma-la. Segundo Westworld o desfecho dessa cena vai depender de quem você está cercado nesse momento de tranquilidade. Está sozinho? Veio com seus amigos? Namorada/o? Parentes? O conceito do filme gira justamente em como nos tornamos animais em um ambiente sem regras. Se você estiver acompanhado sua companheira, provavelmente não vai se dar nem a oportunidade de pensar naquela linda pessoa; com os amigos talvez até comente algo. Mas e se estiver sozinho? Se não houver ninguém pra te julgar? Se não houver nada nem ninguém para te impedir de falar com aquela figura? Westworld vai explorar justamente essa questão.
          Colocar as pessoas em um cenário tão sem regras quanto "Mad Max", dá liberdade para as pessoas. No Velho-Oeste, que é tão popularmente conhecido por não ter regras, os prazeres proibidos ganham forças. Matar, beber e transar são praticamente os mandamentos por aqui. Sem aqueles grandes olhos da sociedade na suas costas, você se torna livre. Mate uma pessoa! Estupre alguém! Ninguém vai te impedir, e alias, essas pessoas não passam de robôs insensíveis! Sabe a moça que roubou sua atenção, então, ela está aqui pra te servir, fará tudo o que você pedir. "T-tudo mesmo?". Tudo mesmo meu camarada...

           Já a segunda metade do filme questiona se esses robôs realmente não tem alma. Quando um possível vírus de computador (Um conceito mega avançado pra época), dá as máquinas a possibilidade de julgar e lembrar, aí sim esse cenário sem regra vai pro saco. E é assim que entramos no terceiro momento do filme, no qual os robôs decidem se revoltar, tomando controle de si próprios. Motivados por um desejo mais que humano como a vingança, as máquinas quebram a primeira lei de Asimov, e a matança é livre.

            Por enquanto tudo é lindo em Westworld, uma obra-prima se analisado da forma anterior. Mas é aí que nascem os problemas. Essas questões filosóficas e críticas aparecem de maneira muito sutil no filme, e facilmente passam despercebidas. Muito além disso o filme peca muito em sua direção. Algumas cenas são horríveis, como a cena da briga no bar, na qual tanto a atuação quanto a música são grotescas, perdendo todo o sentido de criticidade da cena. A terceira que se tornaria excelente por uma boa sequência de horror, logo se torna idiota por um final muito vago.

             São pequenos erros de estrutura que condenam o filme, o que é uma pena, já que ali havia tamanho potencial. Pelo menos a série do HBO até o seu terceiro episódio vem mantendo um alto padrão, adentrando muito mais profundamente nas boas questões, e arrumando os erros de seu antecessor. Então retomo mais uma vez a questão, que agora toma ares muito assustadores. Naquela situação, a ação que você tomou, seria a mesma se você estivesse em Westworld?

sábado, 3 de setembro de 2016

[Contos de Juliete] Filhos do Átomo - O Real Final

Bela está dormindo do meu lado quando acordo. Coitada, esses últimos dias devem ter sido bem confusos pra ela... Não só pra ela na verdade. Tudo isso que vem acontecendo me fazem... não sei... ficar aqui na cama pra sempre talvez. Pelo menos essa noite de sono foi boa, precisava urgentemente disso.
   Já vestida, Ororo me leva até a cozinna para tomar um café (outra coisa que preciso urgentemente). Enquanto percorremos os grandes corredores da mansão, reparo em seus detalhes: Os quadros na parede retratam em sua maioria jovens entre 14 a 17 anos, a maior parte dos quadros são das mesmas pessoas; um grupo de amigos composto por um menino de pés e mãos incrivelmente grandes, outro vestindo diversos casacos de frio, uma menina ruiva e um último garoto que sempre está de óculos escuros avermelhados. Outra coisa que desperta atenção é o vazio da casa, embora haja diversos quartos, não vi nenhuma alma viva desde que acordei. Quando chegamos na cozinha encotro o primeiro habitante da casa: Uma moça ruiva, que lembra muito a menina dos quadros... e... e estranhamente ele me lembra de uma outra moça... ruiva também... DEUS! É a mesma moça que atacou Bela e eu! Rápidamente seguro o braço de Bela e coloco a mão no coldre da minha arma, a pena é que diferente dos filmes eu não tenho arma nenhuma:

  -Policial Juliette! Por favor levante suas mãos até onde possa ve-las! Sem movimentos 
bruscos!
  -Calma policial, não vou te machucar.
  -Senhorita, peço para a senhora obedecer minhas ordens agora!
 -Juliette, ela é...
 -Calma querida, eu cuido disso.
 -Por favor policial, não faça isso ficar tão embaraçoso para você.

Olho rapidamente para todos os lados da cozinha em busca de uma faca. Encontro uma em cima da mesa perto de mim, mas não perto o suficiente.  Tomo fôlego e me preparo para pegar a faca. 1... 2... 3... Pulo em direção a faca o mais rápido possível. Minhas pernas não me acompanharam, apenas minha mente pulou. "Mas que merda é essa!" "Acalme-sse Juliette, tudo vai ficar bem. Sou sua amiga" A voz dela ecoa em minha mente. "Que porra é essa!" "Calma Julliette, paralisei seu corpo apenas para evitar que você faça qualquer coisa errada". Meu deus o que essa moça fez comigo! Júlia. Pera, o que foi isso? Júlia, esse é meu nome. Mas o que diabos está acontecendo! Por favor Juliette, sou sua amiga. Esses pensamentos, e-eles não são meus! Não, eles são meus. Entrei rapidamente em sua mente. C-como isso é possível?! Isso não é humano! Eu tenho poderes Juliette, vejo em sua mente que já conheceu diversas pessoas como eu. Você é... É como o Clark? Mais ou menos, ele é um alienígena enquanto sou apenas uma humana com poderes. Aquele homem que estava com você. Scott. Sim, ele também é que nem você? Temos poderes diferentes, mas sim, nos dois somos humanos que nasceram com poderes:

  -Juliete! Juliete cê ta me ouvindo! Ei! Fala comigo pufavô.

  As palavras de Bela me despentam do transe. Enquanto caio de ajoelho, passo a mão nos seus cabelos e digo:

 -To sim querida, só estava... conversando com a Júlia.
 -Ah! Ela fez aquele lance da mente com você também.
-Sim, ela fez sim...

Encaro um pouco os olhos azuis de Ororo e percebo uma coisa:

 -Por que... Por que você e seu amigo estavam caçando Bela.
 -Nós não estavamos caçando ela! Nós estavamos...
 -Perseguindo ela. Assustando ela!
 -Ei calma aí! Não concordo com o jeito que agimos quando achamos vocês duas, peço desculpa por aquilo. Mas nós só estavamos com pressa pra trazer Bela para a mansão.
 -Por que?! Ela só tem 8 anos, não precisava ser assustada daquela forma!
 -Juliete, achei que nós já tivessemos nos entendido.
 -Só por que você entrou na minha mente não quer dizer que somos amigas, na verdade... Você invadiu minha privacidade!
 -Ha! Como se você não tivesse feito isso com sua amiga!
 -O que diabos você disse moça! Continuo sendo uma policial que pode te prender!
 -Ah de novo não. Pelo amor de deus, já tivemos essa conversa. Desculpa ter citado aqui...
 -Como você sabia?! Como você sabia sobre a Anna?!
 -Desculpa. Desculpa mesmo Juliete. Não quis ler sua mente, mas você tava tão agitada.
  -O que mais você pode fazer?!
  -Posso ler mente, contro...
  -Por que você foi atrás da Bela?!
  -Por que ela também é uma mutante.
  -Que? Ela também lê mentes?!
  -Não. O poder dela é diferente, ela controla o tempo.
  -Como assim. Ela pode voltar no tempo?
 -Não, perdão, ela controla o clima. Ela pode fazer chover chover quando ela quiser por exemplo.
 -Pera... Aquela tempestade que teve alguns dias atrás...
 -Bela.

Deus. Essas pessoas são extremamente loucas! Achava que apenas Clark tinha poderes, será que Selina também é uma... uma mutante? Não dúvido muito, aquela agilidade dela é sobre humana. Mas essas pessoas, esses super-heróis, são muito poderosos! Quantas pessoas não devem ter morrido durante aquela tempestde! Tudo por causa uma menininha de 8 anos! Alguém precisa controlar essas pessoas. Lidera-las, ser o guia delas! Antes que mais alguém se machuque:

  -Essa pessoa existe Juliette.
  -Você está lendo minha mente de novo?!
  -Desculpa, mas meus poderes estão meio descontrolados desde minha última missão no espaço com os Homens X.
  -Homens X?
  -Sim, é a nossa equipe de mutantes que protege outros mutantes do preconceito. Nosso líder é o Professor Carlos, ele saiu faz pouco tempo, mas estava bem ansioso para falar com você.
  -Esse professor... Ele comanda vocês?
  -Sim, ele nos ajuda a controlar nossos poderes.
Preciso fazer o relatório disso tudo agora! A comissária vai me promover agora mesmo quando ver isso tudo! Vou sugerir uma lei, uma lei de regulação desses super-heróis. Eles são poderosos demais para andar livremente sem um professor. Essa Jean parece ser uma boa garota... Vou ficar mais um tempo aqui até o professor chegar, depois levo Bela pra vir morar comigo, ela é muito nova pra essa loucura toda.

  Passo a tarde escrevendo o relatório de missão. Não esqueço um detalhe só. Enquanto escrevo penso nas palavras de Jean: proteger mutantes do preconceito. Eles sofrem o mesmo preconceito que sofri naquela igreja hoje. O mesmo preconceito que me fez tanto vir para São Paulo. Escrever esse relatório, essa lei, talvez não vá ajuda-los de verdade. Expo-los ao público pode só aumentar esse preconceito! Mas... isso significa que essa última semana, eu ter invadido o comutador da Anna, ter perdido todas minhas chances com a Luna, ter faltado tantos dias do emprego, vão ter sido atoa... tudo atoa... Enquanto penso vejo Bela brincando do outro lado da sala com outra criança da casa, uma tal de Kitty. Tão calma e feliz ela brinca como se não houvesse amanhã. A pureza de seu sorisso... Meu Deus Juliette... O que está acontecendo com você. Arrasto todos os arquivos para a lixeira. "Deseja esvaziar sua lixeira?" Sim...

...

   O Professor chega por volta das 11, já tinha posto Bela para dormir. O Professor, negro e com cabelos curtos e escuros me convida até sua sala. Passo a noite conversando com um dos homens mais inteligentes que já conheci na vida. Ele me explica todo o ideal da mansão e seu sonho de paz e igualdade. No final fico convencida que fiz bem ao deletar o relatório, dou minha palavra que nunca falarei com nínguem sobre. Infelizmente o Professor também me convece a deixar Bela na mansão, tento rebater a ideia, mas é inúltil, ele me mostra que aqui ela terá suas amigas além de aprender desde cedo a controlar seus poderes. Argumento que posso leva-la diariamente para a mansão como se fosse uma escola normal e que ter alguém cuidando dela como uma mãe seria bom. Mas quase que iracionalmente sou convencida a deixa-la, como se não hovesse qualquer outra possíbilidade para eu ficar com ela; pelo menos vou poder ve-la toda semana.

    O Professor me deixa ficar mais um dia na mansão com Bela antes de partir. Assim que me despeço dela, desço as escadas e me deparro com Júlia:
  -Então você já vai?
  -O Professor me mata se ficar mais um dia aqui. Ele é muito inteligente, mas por algum motivo tenho um pouco de medo dele.
 -Engraçado, Scott disse o mesmo outro dia...
 -É... Jean, eu queria te perguntar uma coisa...
 -Ah! Você pode me perguntar o que quiser.
 -E-eu... ah deixa pra lá.
  - Você sabe que tem que me perguntar isso agora né?
  -E-eu... Se você poderia...
  -Poderia?
   Desde que conheci a Júlia eu penso sobre isso. Tudo o que fiz nessa última semana me levou a isso, sei que posso me arrepender, mas...
 -Você pode apagar minha memória?
 -Que?! C-como assim?
 -Esses últimos 3 dias aqui foram uns dos melhores da minha vida! Parece que tudo que procurei em São Paulo estava escondido aqui dentro, lá fora só há o lado triste da cidade! Por isso eu queria poder...
  -Deletar o lado triste do mundo.
   -Assim parece que quero viver só a parte boa da vida!
  -Mas foi isso que você acabou de dizer!
 -Não eu... Eu vim pra São Paulo procurando o sonho que minha prima me deu, mas quando chegei aqui só tenho percebido que esse sonho é apenas parte da verdade. Só queria ter uma rotina normal, sem todos esses problemas que enfrento todo dia!
  -Juliete...

  Ela me abraça:

 -Querida se eu fizer isso, você vai pedir para eu fazer o mesmo daqui um ano. Nossa vida é conturbada assim mesmo, tem muitas partes difíceis, mas são elas que fazem as partes fáceis serem tão boas.
  -D-desculpa. Não devia ter pedido isso.
  -Foi bom você ter falado, vai que você cometia uma merda por aí.
  -O-obrigada. Você deveria escrever auto-ajuda.
  -Lá tenho car de Paulo Coelho por acaso?!
  -He... Bom, semana que vem eu volto.
  -Legal, não vai faltar, Bela iria ficar muito chateada.
  -É Bela... Tchau Paulo Coelho.
  -Tchau policial.

  O preço do táxi por me levar de volta pra casa é uma das minhas menores preocupações, mas não há problema, vou viver com elas... espero...

                                                       Contos de Juliette: Filhos do Átomo
                                                                                    Fim

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Blind [Crítica]




  Já imaginou o que é enxergar apenas com suas memórias e sua imaginação? Como nossa mente nos trairia ao confundir um sonho com a realidade? Se imaginássemos que há alguém sentado do nosso lado mas na verdade não há? Ou será que há? Ás vezes essa pessoas só esta brincando conosco fingindo não estar ali mesmo estando! Ou... Ou... Pode não ter ninguém ali, não há ninguém do seu meu lado... Posso estar sozinha aqui nesse apartamento branco (ou seria cinza?) e vazio (ou está cheio?). O nada pode ser tudo, o vermelho pode ser azul, a realidade pode ser um sonho em "Blind" o filme norueguês de Eskil Vogt.

   "Blind" é um filme sobre a perda gradual de visão da jovem Ingrid (Ellen Dorrit Petersen), que se esforça o máximo possível para tentar enxergar através de suas memórias. Só que há um pequeno problema com essa ideia: E se a pequena Ingrid esquecer de algo? Se sua visão depende da memória, ela não pode se dar ao luxo de esquecer nada, e essa é basicamente a história do filme.

     Sejamos honestos, o filme na verdade é um jogo; um jogo que testa o telespectador a seguir suas pistas e conseguir separa o concreto do subjetivo (palavras bonitinhas). Nem todos vão querer encarar  esse jogo que tem um leve toque de Agatha Christie em que todas as peças são entregues na sua mão, cabe você montar o quebra-cabeça corretamente. Cortes de câmara, roteiros cruzados, atrizes parecidas e muitas outros mecanismos foram usados  para colocar o telespectador praticamente na pele da personagem, vivendo o que ela vive.

       Vemos o mundo como ela vê, de uma forma confusa e abstrata na qual nada é o que parece. A conexão entre o telespectador e os personagens é praticamente instantânea. Entendemos suas dificuldade, suas dores, seus medos e seus pecados. As excelentes atuações foram essências para que isso acontecesse de forma mais natural e real.

         Quando "Blind" acaba você pensa "Mas que P#*&@ eu acabei de ver?", seguido da vontade ver de novo o filme só pra testar se foi aquilo mesmo que aconteceu; e advinha? Não foi! Ou foi? Já não sei mais, as ideias são muito perdidas... Só sei que "Blind" é um excelente filme que deve ser assistido por qualquer amante do cinema, ou por loucos que gostam de quebra um pouco a cabeça. Infelizmente o filme é meio difícil de se achar fora de grandes cidades como São Paulo.

                                                            Nota= 5  /5

Links:
+Críticas:
-Adoro Cinema = http://www.adorocinema.com/filmes/filme-226335/criticas-adorocinema/
-Plano Crítico= http://www.planocritico.com/critica-blind/
-Folha= http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/03/1600487-critica-longa-noruegues-blind-complica-roteiro-sem-necessidade.shtml

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Final Alegre [Contos de Juliette]


     Dois dias depois do meu encontro perfeito com Luna nós nos encontramos de novo, e de novo, e de novo; até que começamos a namorar. Depois disso minha vida só melhorou. Wally promoveu a mim e Emma como policiais investigativos, nome bonitinho para detetives, e desde então temos destaque mundial, prendendo os criminosos mais procurados do mundo! Minha prima Rosalina iria ficar muito contente! E por falar nela, o governo americano prometeu me ajudar a descobrir o que aconteceu com ela e seu paradeiro como agradecimento por temos evitado um atentado terrorista!
          Nosso novo caso e a procura de um traficante de drogas, chega daqueles casos malucos! Nossa pista mais quente é uma fábrica abandonada, Anna esta morrendo de medo do local, mas ela sabe que vou protege la.

           Peço para minha equipe cercar a área enquanto eu e Anna entramos sozinhas na fábrica dos ladrões. Rapidamente nos duas damos um cabo em todos os capangas:
          -Eles nem viram o que os atingiu né Verdinha!
          -Com certeza Anna! Mas ainda falta uma coisa! O traficante!
          -Meu deus Juliette! Você esta certa! Se o perdemos teremos que recomeçar tudo do zero! Mas pra onde será que esse malandro fugiu?!
           -Não sei Anna, mas a justiça irá acha-lo! Nosso lado irá ganhar!
           -Com certeza! Deus! Olhe Juliette! Lá esta o safado, em cima daquela passarela, que passa por cima dos tanques cheios de ácidos!
            -Carambolas Anna!

          O traficante ri loucamente, ele veste um terno preto e um paletó branco, ele também usa luvas brancas. O mais estranho de suas vestimentas é um grande capacete vermelho e cilindrico que cobre seu rosto.
            Ele ri tanto que nem percebe que levanto minha arma e atiro em sua direção. Assustado ele se desequilibra e cai dentro do tanque. Abro rapidamente a escotilha para retirar seu corpo, com ajuda de Anna (morrendo de medo claro) levo o corpo pra fora da fábrica. Deito o corpo no chão e puxo seu capacete e para minha surpresa não encontro o traficante bigodudo, sim Rosalina!

          -Prima! Ma-Mas como assim?!
          -Hahahaha! Você tem que ver sua cara priminha! Quem você esperava ser! Wagner Moura?! Hahaha!
           -C-como assim...

       Anna saca uma arma e atira friamente em Rosalina. "NÃOO!" Empurro Anna, que cai no chão. Socorro Rosalina, seu rosto tem um buraco enorme que jorra sangue, mesmo assim ela continua a rir:
          -O QUE VOCÊ FEZ!!!

        Anna se levanta sangrando, e então me encara. Seus olhos estão vazios e o sangue escorre sobre eles, aquele olhar corroi minha alma e carne:
           -Para, por favor...
           -VOCÊ me invadiu!
   -C-como assim?
           -Eram meus arquivos! M3us!

            Começo a correr loucamente, mas a cada passo que dou minhas pernas encolem, até sumirem. Então começo a rastejar no vazio. Ouço Anna gritar meu nome, mas me recuso a olhar pra trás. Depois de horas meus braços param de responder, meu corpo doi, não vejo nada... Socorro, ajuda  por favor...
.
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      De repente vejo uma luz, e com ela uma voz angelical e estranhamente conhecida: "Juliette. Você ta acordada?". Ignoro a dor nos braços e parto lentamente em direção a luz. Quanto mais perto eu chego, mais forte a voz fica. Até algo me segurar e começar a me puxar de volta, olho assustada e me arrependo: Um híbrido deformado entre os corpos sangrentos de Anna, Rosalina, Luna, Selina, Clark e de Wally. Começo a gritar o mais forte que posso, mas sei que nínguem vai me ajudar, eu estou sozinha; para sempre...

           Mas foi aí que eu o vi pela primeira vez, o homem mais inteligente do mundo. Ele brotou da luz e assustou o monstro, delicadamente ele esticou o braço em minha direção, dizendo: "Venha minha jovem, vai ficar tudo bem. Você esta segura agora." Desesperada e inocente eu agarro sua mão...

             Acordo com um susto. Estou sentada em uma cama muito confortavel, dentro de um típico quarto de universidade americana. Ao meu lado vejo um anjo, ele me abraça e percebo que ele na verdade é Bela:
           -O-Oi querida.
           -Juliette, você acordou finalmente! Eles disseram que você ia mesmo, eles  são muito legais.
           -Quem são el...
           -Bom Dia Juliette, Bela estava muito anciosa por seu despertar.

      Um homem sentado numa cadeira de rodas, igual o do meu sonho, me cumprimenta. Pergunto seu nome e ele me pede para chama-lo de Professor Carlos.

                               Filhos do Átomos - O Cérebro     Em Breve
                                                  O fim esta chegando
 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Filhos do Átomo -Aquela que Nasce das Cinzas - Parte 2 |Contos de Juliette|

             Anteriomente em Filhos do Átomos - A Tempestade - Pt 1, 2
                                                                  - Aquela que Nasce das Cinzas - Pt 1

        Merda! Pego o primeiro táxi que vejo e corro em direção a cafeteria. Chegando lá não encontro ninguém, apenas um bilhetinho colado na porta me recebe. Iria citar o que estava escrito, mas não seria muito educacional.
                                                                       ...
          Estou extremamente cansada, mas ainda não é hora de ir pra casa. A escola vai estar fechada nesse horário, mas com sorte consigo entrar na fábrica.
          Às 11 eu chego na fábrica "Tio Sam". Mas pelo visto o Tio Sam não anda muito bem com a polpança; o local está trancada, o portão eferrujado e parece que nem uma única alma chegou perto da fábrica desde sua inalguração. Numa rápida investigação descubro 3 possíveis entradas: Uma é a janela quebrada no segundo andar, teria que escalar mas de acordo como minha última tentativa de realizar tal proeza não terminou muito bem, nem vou arriscar. A segunda é cortar a cerca que dá acesso a garagem... muito 007. Vou pela terceira que é tentar abrir um pouquinho o portão.
             Depois de muito esforço entro na fábrica: Ela é um galpão enorme; as paredes estão cobertas por correntes e armários de feramentas, o chão esta coberto de pixe e de lascas de madeira; no meio da sala há uma grande esteira... não. Uma grande mesa, e em cima dela esta um um, um robo desmontado... não. Um motor de carro! não... Não já sei! Um tubo transparente, com diversos cabos anexados e em seu recipente um corpo de um homem boiando em formol.


   Na verdade o galpão estava vazio, infelizmente. Procuro inutilmente alguma prova sobre o caso de Bela, mas como disse acima, inutilmente... Mas que merda, uso secretamente o computador da minha amiga, perco meu encontro, invado uma fábrica, tudo isso pra nada! Merda! Provavelmente a escola nem vai saber que já foi um orfanato... Minhas costas deslizam da parede até o chão, apoio minha cabeça entre meus joelhos, só vou tirar uma rápida soneca... rapidinho... não custa nadaaaa...
                                                                                     E essa foi minha terceira morte hoje
                                                                                                                                       ...
                 A luz do Sol penetra minhas pálpebras pedindo abruptamente para que elas abram, mas elas pesam tanto, mas tanto mesmo, que recusam o &gentil& pedido. Somente o estrondo do portão abrindo que invade minhas orelhas e força meu cérebro reclamar com as pálbebras. Mas mesmo assim o pedi...:

      -Mas o que diabos essa moça faz aqui!
                     Em um pulo eu acordo e me deparo com uma mulher branca e ruiva, seus 30 anos:

       -Pouco importa Jean, vamos logo com isso.

                      Um homem, também branco e com 30 anos, parece estar se referindo a mim; atrás dele consigo perceber uma figura familiar de uma criança, o Sol dificulta a identificação, até que. "Juliette!". A garota, que agora percebo ser Bela, corre em minha direção e me dá um abraço:

        -Juliette! Eles vão me levar embora!
        -Calma querida, esta tudo bem agora, vou te levar pra casa...
         -Não vai não Sra.
         -Scoot! O que meu parceiro quis dizer é que Ororo está sobre nossos cuidados ago...
          -O caramba que está! Ela vem comigo,  vou leva-la para casa agora mesmo! Vem querida.
          -Sra. nós não queremos problemas, por favor solte Bela

                Finjo não ouvir o que a ruiva fala, só seguro a mão de Bela e levo ela até a saída. O homem anuncia que estou cometendo um trememdo erro, mas continuo ignorando. Quando delicadamente a ruiva pede para soltar Ororo novamente, respondo um delicado &Vai se ferrar&. Ouço o moço suspirar uma última vez, antes de tirar os óculos e lançar um lazer vermelho na direção do portão, fazendo ele cair  e bloquear a passagem.

      "Puta merda!" seguro forte a mão de Bela e começo a correr em direção a garagem. Os raios continuam vindo junto com os pedidos da moça para pararmos com toda aquela confusão. Chego rapidamente na garagem, mas não o suficiente, então ao invêz de tentar pular a cerca eu me escondo junto de Bela embaixo de um caminhão... Ouço os os passos deles se aproximando. Olho para Ororo e vejo o desespero em sua face. Eles estão chegando. Ela estava preste a chorar, então coloco meu dedo gentilmente em sua boca. Ouço a moça reclamar da atitude do parceiro. Aponto em direção a cerca e abro a palma da mão. "Saí daí, não tem escapatória". Fecho um dedo, tem um pequeno buraco na cerca, o suficiente para Bela passar. "A gente só quer conversar". Fechou dois dedos, mas não ia conseguir passar. Ele manda um lazer na direção de um armário. Fecho três dedos, coloco meu celular no bolso de Bela, quando Anna ligar vai achar ela. "Vamo gente, não tem que ser tão complexo assim". Fecho quatro dedos, abraço com força Bela. Ele se aproxima do carro. Tomo fôlego, fecho cinco dedos e disparo em direção a cerca. Ouço os gritos da moça, vejo as rajadas vermelhas passarem do meu lado, mas a única coisa que penso é Bela. Não tem essa de não ser rápida o suficiente, eu tenho que ser rápida por ela. Um raio atinge o meu calcanhar, mas não caio. Chego na cerca, seguro a mão de Bela e digo "Corra querida, o mais rápido que você puder ok? E não olhe pra trás" "Mas" "Só... Só corra, faz isso por mim o.k?" ela me abraça uma última vez e atravessa a cerca.

          Me viro lentamente para a dupla, pego um pedaço de cano no chão e grito:       
-Por que! Ela é só uma criança, só de uma criança seus monstros!
             A ruiva sorri e diz. "Você ainda nem viu o real monstro...". Seu corpo começa a emanar uma estranha chama laranja, ela começa a levitar no ar, quando ela estende seus braços eu vejo... Eu vejo uma enorme áve, uma Fenix. Então tudo fica preto, e eu desmaio...

                                                   E essa foi minha pior morte hoje,
                                                          não pelo fato de morrer,
                                       mas pelo fato de não saber se Bela está viva.

                                                                    Continua

sábado, 4 de junho de 2016

X-Men: Apocalipse [crítica]


  Vou admitir uma coisa. Eu enrolei o máximo possível para assistir esse filme. Tinha a estranha sensação de que seria uma bomba, mesmo adorando o Dias de um Futuro Esquecido. Quando saíram os trailers, as fotos, e o caramba a quatro, o meu sentido porco gritava "É bomba! Assiste Guerra Civil de novo! É melhor!". Mesmo assim eu fui assistir o filme... E fiquei bastante contente na verdade, por que descobri que meu sentido de porco funciona muito bem!

       X-Men Apocalipse, a conclusão da nova, e melhor (Falo mesmo!), trilogia dos Filhos do Átomo. Situado na década de 80 e com um número de possibilidades tão grandes! X-Men jovens, Ororo (Melhor X-Men), um cenário mega diferente, um grande apelo emocional, e etc... Me diz Fox, como é possível desperdiçar tanto potêncial!

        Quando soube que o filme seria na década de 80 com a turma ainda jovem, pensei em tantas possibilidades de roteiro. Lembrei da excelente história "Filhos do Átomo" que conta como os X-Men originais se uniram ao Xavier. Ou a grande fase do Bendis, com todos os personagens jovens mas dentro de um mundo muito adulto (fase que me fez começar a ler X-Men). Ou a fase original do Jack Kirby e do Stan Lee. Ou, ou, ou.... São tantos "ou (s)" que daria pra escrever um livro! Mesmo assim nenhum dessas histórias são utilizadas; em nenhum momento o filme se preocupa em dar um grande desenvolvimeto aos jovens X-Man. Pelo menos escrevia um diálogo com mais de 5 frases, poxa! Os novatos são tacados pro escanteio, e nenhum, NENHUM, dos novos personagens é bem desenvolvido!

             Embora os novatos sejam uma grande decepção, os personagens mais antigos carregam o filme. A relação construida por toda essa nova trilogia, entre Magneto, Prof. X e Mística é incrível! Desdo Primeira Classe eles trabalham esse conflito, e isso ocasinou em um bom apelo emocional. Mas isso só foi possível graças aos outros filmes, sem eles essa relação fica um lixo.

                Mas o real problema do filme não são os personagens, e sim a grandiloquência do filme. Todas as cenas eram grandiosas ao excesso, qualquer coisa se tornava um apocalipse por sí só (inclusive os diálogos). Por exemplo a nova cena do Mércurio: No Dias de um Futuro Esquecido aquela cena é fenomenal, e logo se tornou uma das cenas mais marcantes de toda a franquia, senão do gênero. Mas aqui ela toma proporções catastróficas, com o Mercúrio salvando os alunos em meio a uma grande, e inútil, explosão. É legal essas cenas grandiosas e inúteis? Sim, elas são divertidas. Mas só! Eu não queria ver Transformers 5, eu queria ver os jovens mutantes sofrendo com as dificuldades de ser um X-Men. Quero ver eles lutando, mas quero muito mais ve-los conversando sobre como eles se sentem, se eles pretendem seguir aquela vida, como a prova da semana que vem vai ser difícil; esse tipo de coisa que está na HQ.
Só quero um pouco disso, é pedir demais?

                   O filme aposta no óbvio, repetindo o que deu certo nos outros filmes da franquia. Sem qualquer criatividade, apenas o fator de elevar tudo ao máximo;
 X-Man Apocalipse se torna um filme fraco, e que logo será esquecido, algo que mancha a tão boa trilogia de Primeira Classe e Dias de um Futuro Esquecido.

                                                      Nota= 2

Links:
+Quadrinhos Citados, são apenas um arco das fases:
-Fase do Bendis:http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=21637
-"Filhos do Átomo":http://www.livrariacultura.com.br/p/colecao-herois-mais-poderosos-da-marvel-n10-44000642
-Fase do Kirby: http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=25736
-Fase do Chris Claemont e John Byrne: http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=25805

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Guerra Civil II #1 [Crítica]


   Com o filme da Guerra Civil arassando de bilheteria, popuaridade e crítica, a Marvel tinha a oportunidade perfeita para lucrar um pouco (eufemismo) mais em cima dessa "guerra". Por isso hoje (1/6) saí nas bancas americanas (Comixology pro resto do mundo) a continuação da saga que mudou drásticamente o universo Marvel. Guerra Civil 2 foca no mesmo projeto de sua antecessora, heróis com ideais diferentes entrando na porrada.

         Assim que vi a notícia de uma nova Guerra Civil, pensei "Vai ser uma m3rd@". Advinha? Foi mesmo! O plot central é o debate entre Tony e Carol Danvers (Capitã Marvel) sobre usar os poderes de um novo herói para mudar o futuro (Team Carol) ou preserva-lo (Team Tony). Já nesse plot tem 3 erros grotescos:
         -1: Não tem originalidade nenhuma! É o mesmo príncipio de um herói querer controlar os outros, e o outro não. Além de ser uma baita copia de "Minority Report"
          -2: Capitã Marvel no local do bom e velho Capitão América. Isso só mostra como o quadrinho está submisso aos filmes, tentando desesperadamente promover uma personagem que nem se compara ao Capitão.
           -3: Stark querer zelar pelo futuro?! Sem querer previnir atos de destruição?! Mas não foi exatamentr isso que ele fez quando mandou o Hulk pro espaço* e criou os Iluminatis**!

             Nas primeiras páginas do quadrinho, os Vingadores confrontam um possível Celestial (Praticamente os deuses da Marvel). O conflito já começa na metade, com os heróis se reerguendo, e termina de forma simplória e instantânea. Depois da briga sem emoção, ocorre o ápice da HQ: A festa. Na qual Brian Michael Bendis (roterista) nos lembra de como ele é um bom escritor, que consegue criar belas discussões. Só para nas últimas página acontecer um evento tão idiota que jamais, jamais, irei esquece-lo, para assim aprender o que não fazer quando estiver escrevendo um quadrinho.

                A HQ é recheada de furos, que conseguem destruir toda base argumentativa do enredo. A participação do Stark é uma falha em sí. Carol comete um ato tão infantil e idiota, que acaba por tornar inviável qualquer aliamento com seu time. As duas morte que ocorrem no quadrinho são tão rapidas e mal resolvidas, que além de estragar mais ainda a primeira edição, deixa um terreno muito mal-tratado para a série. Mas embora tenha tantas falhas, eu me diverti lendo o quadrinho, e a arte é muito bonita; só falta melhorar um pouco o roteiro. Ainda é cedo pra julgar, mas até agora Guerra Civil 2 tem sido uma verdadeira guerra para continuar lendo.

                                                                 Nota= 2

Links:
+Guerr Civil 2 (Em inglês)= http://melhoresdomundo.net/agente-lemos-guerra-civil-2-1/

+Crítica do MDM : http://melhoresdomundo.net/agente-lemos-guerra-civil-2-1/
* Aconteceu na saga "Planeta Hulk", na qual o Hulk é exilado da Terra pelos Iluminates após ele ter destruido Nova York. Hulk cai num planeta sobre dominio de uma forte ditadura, e é forçado a lutar em arenas de gladiadores.
** Equipe criada por Tony Stark, com a intenção de previnir ameaças antes delas acontecerem. A equipe original foi formada pelo: Dr. Fantástico, Pantera Negra, Homem de Ferro, Raio Negro

domingo, 29 de maio de 2016

Desculpinhas (2)

                                               Dias de um Futuro Porco Esquecido

     Olha... Todo mundo morre um dia certo? Chegou a hora desse pequeno blog morrer...

   Mentira! 'cê acha que meu pequeno porquinho de ouro iria morrer tão fácil?!  Eu sei que seu coração parou quando leu a primeira frase... diz que sim, pufavô... De qualquer jeito eu estou de volta, e promete recompensar o atraso!
"Má que p0rr@ é essa Porco! Você acha que pode me apedrejar e cuspir no meu olho! Você acho que pode me amar e me deixar pra morrer! Oh, queridinho! Não pode fazer isso comigo, queridinho!"*
 Carma migucho! Claro que não seria tão traiçoeiro assim! Não deixaria vocês sofrerem por dois meses atoa! Tenho umas novidades bem supimpas radicais legais interessantes, e pra anuncia-las vou fazer uma listinha (enrolar):

   1- "Filhos do Átomo" acabou de sair do forno e está pronto pra ser servido; aliás, tornarei as publicações da Juliettes mais constantes com datas fixas para sair! Ainda tenho que defini-las, depois aviso melhor :p

  2- Finalmente teremos algo relacionado a livros aqui no Blog! Haverá um novo selo independente, no qual irei debater os mais diversos atores e suas obras! Meio genérico não? Um pouco, mas prometo fazer uma coisa bem diferente ;)

  3- O Blog agora possui um Facebook próprio, e um Instagram! No Face eu aviso quando sai os posts, e no Insta vai ter umas coisinhas de bastidores, e umas fotos bonitinhas dos meus bonecos da Natasha (S2). Esse item era só pra encher linguiça mesmo.

  4- Rufem os tambores, por que essa é a maior notícia! Estão prontos?! Estão mesmo?! Lá vem... Ta vindo... Chegou! O Blog irá se estender para o You Tube! Lá irei discutir os assuntos que melhor cobrem aquele formato, tipo a séria sobre filosofia das HQs em que vamos debater sobre... filosofia nas HQs, é bem óbvio né? ainda não criei o You Tube

    Bom... É só isso. Um beijo do Porco (não vou mudar de nome por culpa do MDM! #chupasociedade). E outra coisa, o post do "Ele Está de Volta" foi bombou meu blog! Quem diria que Hitler faria meu blog crescer?


*= Queen > vida 
https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ&list=PLeoBVKHKNsGrW_sV5aVEX8pUnGBW0foAg&index=1
   

sábado, 16 de abril de 2016

Ele Está de Volta [Crítica - Filme]




  Antes de começar essa analise devo alertar um pequeno erro do "Netflix"; o programa classificou o filme "Ele Está de Volta" como uma "Comédia", sendo que na verdade o filme entra no gênero de "Terror". Claro que o "Netflix" apenas analisou a base do filme, mas um olhar mas atento percebe diversos clássicos de horror ali: Monstros (no plural, já que Hitler possui seguidores), cenas que farão você implorar para o mocinho fugir do monstro, cenas que te dão arrepios (nunca senti tanto medo de entrevistas) e aquela sensação de vazio desesperador quando o filme acaba.

        "Ele Está de Volta" é um filme inspirado num livro de mesmo nome; toda construção do filme vem da seguinte pergunta: "O que aconteceria se Hitler retorna-se a Alemanha Atual?". O enredo do filme explora justamente essa ideia, mostrando por meio de entrevistas reais  e da ficção no que a volta do homem mais conhecido do mundo ocasionaria.

      Devo admitir uma coisa, eu realmente me assustei com o filme. Quando comecei a assisti-lo esperava apenas uma comédia com um fundo crítico-social, não uma crítica-social com disfarce cómico. Embora o filme seja em boa parte uma ficção, muitas cenas mostram a reação de pessoas reais ao conhecerem o suposto Hitler; e essas cenas... você irá desejar que elas sejam fictícias, que sejam apenas parte do roteiro e nada mais, por que o discurso de ódio ali embora simples é extremamente assustador.
      O ideal do filme é mostrar como o preconceito ainda está instalado dentro de nossa sociedade. Retomando a ideia já retratada pelo excelente "A Onda" (Filme-Alemão), o nazismo e toda sua gama ditatorial e racista ainda é um problema nos dias de hoje, dependendo apenas de um homen e um belo discurso para se fortalecer novamente.

        O filme foi muito bem feito, possuindo umas sacadas genias que lhe dão um tom único. Então quando de forma singela o nome "Ele Está de Volta" aparecer na sua lista, não o ignore, por que em apenas uma hora e meia você recebera toda uma analise política e social, passando desda indústria-cultural até a intolerância. E só pra provar que o filme se baseia inteiramente na questão de Hitler, vale a última frase da obra: "Temos 40 anos de história nas costas, nossas crinças estão cansadas de saber o que foi o terceiro reinado! Algo como o Nazismo jamais se repetira."

                                                            Nota= 5

+Links:
+Recomendo muito conferir os seguintes filmes ou quadinhos:
-Saga  (HQ)      -Maus  (HQ)   -A Onda: (Disponível no Netflix)
-Amém (Costa Gravas) (Filme)

domingo, 27 de março de 2016

Batman v Superman - A Origem da Justiça [Crítica]


   Em 1952 chegava nas bancas americanas um quadrinho se tornou um clássico da DC Comics; nele os dois maiores heróis da DC se encontram num cruzeiro. Bruce Wayne e Clark Kent mal esperavam que ao pisar na proa eles estariam marchando para uma aventura tosca, infantil, simplista e muito idiota. "Ué! Pola Porco! Você acabou de dizer que o quadrinho era um clássico da DC! E agora satiriza ele!" O quadrinho foi lançado em 52, numa época na qual quadrinhos eram voltados para crianças, sendo eles basicamente o que a Turma da Mônica é hoje no Brasil, hoje muitos desses quadeinhos viram classicos não pela qualidade, mas sim por terem criado algo (isso ocorre em todas as áreas da arte, vide José Alencar). Não havia outra preocupação além de lucrar com aquela luta, eles não queriam questionar os ideais de cada herói e criar uma luta não apenas física, mas sim simbólica, eles queriam uma batalha de gladiadores... Mas isso em 52, eram outros tempos. Já em 1986 o cenário era extremamente diferente; um confronto entre o Homem Morcego e o Homem de Aço não seria "engraçadinho", seria brutal. Miller* não escrevia um simples quadrinho, mas sim escreveu um purgatório pro Morcego; o foco não seria o confronto dos heróis, mas sim o que isso significaria e como isso iria mudar o mundo... Agora em 2016, depois de anos de produção, esse grande encontro de heróis chega ao cinema, deixando apenas uma última questão antes da sessão começar: Quem prevalece, 1952, ou 1986?

    Respondendo essa questão em poucas palavras: Nenhum dois dois. O roteiro de Chriss Terrio do filme claramente se inspira na HQ de Miller, procurando mostrar um lado psicológico dos heróis, mas acaba por ignorar completamente o lado simbólico da luta. Já a direção de Zack Snyder, decide seguir a formula de 52, tratando tudo de forma muito superficial para apenas chegar na grande batalha de gladiadores.  Zack Snyder quer que nos sentimos parte daquele universo, e que entendemos como tudo aquilo funciona sem a necessidade de existir um Universo DC nos cinemas. O resultado disso é uma enchurada de informações, jogadas todas na sua cara ao longo de 2 horas e meia sem nunca explorar nenhuma delas. Cenas acontecem em menos de 5 minutos, diálogos terminam mais rápidos do que começaram, personagens aparecem e morrem com a mesma facilidade com que o Batman consegue matar nesse filme (Falo disso no próximo parágrafo). Nenhuma cena possui peso emocional ou dramático, não dá tempo para você refletir sobre os acontecimentos, isso faz com que todas as cenas fiquem vazias, não há nada por trás delas! Não irei contar nenhum Spoiler, mas perceba que toda morte que acontece no filme é em vão, por que é uma morte vazia!


     Se a direção conseguiu estragar a história do filme, ela pelo menos não conseguiu estragar os personagens certo, pelo menos os heróis são legais? Errado!
      O Super-Homem possui muito potencial dramático, mas que só é explorado superficialmente, tornado-o um herói genérico! Você o vê salvando pessoas e sendo adorado, mas não entende o que é o simbolismo do personagem; você não entende a única coisa que o torna único e diferente de todos os heróis!
       O Batman ficou muito bom na verdade, mas isso vem do excelente trabalho do Ben Aflleck (Que é o melhor Batman de todos!). Infelizmente caímos na mesma conversa que a do Superman, peso dramático forte mas mal aproveitado. Além de um pequeno fato que me incomodou muito: O Batman mata! E não é pouco! Ele explode coisas sem se importar nas consequências, usa armas para acertar seus inimigos, passa com o Batmóvel em cima de capangas e etc. Isso pra mim é um grave erro, tudo bem que esse Batman é diferente do que conhecemos, e que o Batman do Miller chegou a matar, mas tinha um sentido para aquilo! Não era essa porra louca que o Snyder fez!
        A Mulher Maravilha ficou excelente, e foi uma das melhores coisas do filme. Sua aparição no decorrer do filme foi sutil (Volto a repetir o erro da direção), mas na hora da luta final ela não apenas rouba a cena como faz você desejar ver uma sequência de luta só com ela (O filme dela vai ser excelente).

        Calma que ainda não acabou, ainda falta a base do problema: Luthor e o Tartaruga Ninja T-Rex Grundy mas que m3rd@ era aquela?! <Respira> Apo-Apocalipse... Por que DC? 
         O Luthor é bem controverso, em sua primeira aparição qualquer fã de quadrinhos usou palavras de baixo calão para "homenagear" a DC; e com o passar do filme essas palavras grandes continuaram a aparecer, somente no final em que finalmente recebemos o Luthor que queremos soltamos um "Até que ele ficou bem dahora". Mas então aparece a última cena do Lutthor em que ele vira uma fã mequetrefe do Darkside, o que não faz nenhum sentido  se considerarmos o ideal do personagem, daí soltamos aquela última ofensa a DC e saímos da sessão. Quanto ao Apocalipse nem preciso dizer algo, certo?

           Entretanto o filme não é ruim, claro, tem muuuuuuuitos erros que precisam ser corrigidos no filme da Liga (Que vai ser dirigiso pelo Snyder de novo... merda), mas as cenas de lutas são muito boas. O maior erro do filme, além da péssima direção, foi o fato dele precisar estabelecer todo o Universo DC em duas horas e meia, talvez se houvesse algum filme antes desse, como um solo do Batflleck, iria aliviar o peso do filme. E uma última coisa, a introdção da Liga foi muito bacana.

                                                          Nota= 3,5
* Frank Miller é um dos escritores mais influentes da indústria de HQ, responsável por obras como "O Cavaleiro das Trevas" e "Demolidor: A Queda de Murdock"

+Links=
+Recomendações
-Cavaleiro das Trevas  http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=25555
-Luthor  http://www.livrariacultura.com.br/p/colecao-dc-graphic-novels-n12-40045619
-Trindade () http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=10195  / fase do Matt em inglê https://www.comixology.com/Batman-Superman-Wonder-Woman-Trinity/digital-comic/101753?ref=c2VhcmNoL2luZGV4L3RhYmxldC9zbGlkZXJMaXN0L2l0ZW1TbGlkZXI
-Mulher-Maravilha (Gail Simome) [Acha em sebos, a saga "Petrificada" vai sair na coleção da Eaglemoss] [em Inglês] https://www.comixology.com/Wonder-Woman-2006-2011-1/digital-comic/2691?ref=Y29taWMvdmlldy90YWJsZXQvc2xpZGVyTGlzdC9zZXJpZXM 
-Clássicos do Homem de Aço: Garcia Lopez http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=26116

quarta-feira, 16 de março de 2016

Filhos do Átomo - Aquela que Nasce das Cinzas- [Contos de Juliette]

                Anteriormente em "Filhos do Átomo"    -A Tempestade - Parte 1 , 2


                                           Tentei me matar diversas vezes.
                                                Em todas eu renasci.
                                              Hoje eu me matei 4 vezes
                                            Hoje eu não quero renascer
                                                Eu só quero esquecer
                                              Por que no fundo eu sei
                                                 Que não vou renascer,
                                              Pois não mereço renascer
                                                                ...

     Faltam duas horas para às 7, mas antes de ir me arrumar, vou ao departamento. Preciso reunir o máximo de informação possível sobre o caso; "crianças desaparecidas de orfanato" são tantos casos... a ligação entre eles é quase nula, e são sempre crianças com 15 anos que fogem, não 6.... Droga! Não era pra ser tão difícil assim! Como Anna consegue informação tão rápido... Talvez ela possua algum programa no computador dela... Ligo para ela, mas não recebo resposta... Ela não ia se importar se eu mexer nos arquivos dela, certo? Que mal seria! Não vou mexer em nada pessoal.
        Checo se tem alguém mais trabalhando... HA! Esses "detetives" não vem trabalhar nem em dia de semana, agora imagina num sábado, ainda mais depois daquela tempestade.  Devo lembrar de agradecer Anna por colocar a senha do computador o nome do seu cachorro, facilita a vida. Assim que ligo o computador sou bombardeada de arquivos e pastas, todas misturadas em um um mar ícones na tela azul da desktop. Um verdadeiro caos na Terra... Demoro ao todo 40 minutos para localizar uma pasta com os antigos casos de Anna; assim que entro me deparro com duas abas, uma escrita "Juliette" e a outra "Rosalina". Deve ser mera coincidência, minha prima Rosalina parou de trabalhar aqui a anos, deve ser outra pessoa. Entro na pasta Rosalina, e essa foi a primeira vez que morri hoje...


           Faço uma rápida investigação sobre os milhares de casos de minha parceira, até que finalmente acho uma coisa interesse: Um caso de 1990 sobre desaparecimento de crianças; segundo o relatório tudo não passava de um erro de sistema, mas se Anna escrevia relatórios da mesma forma que ela escreve hoje, as crianças podem ser desde monstros gigantes a Anarco Punks que fugiram de casa.  Pego os supostos endereços e nomes dos orfanatos e vou em busca de novas pistas.
                                                                    ...
            No total  eram 5 orfanatos: Um virou centro religioso, dois fecharam e se tornaram casas, outro virou uma fábrica e o último virou uma escola.

             Começo pelo centro católico. Nunca fui muito religiosa, mas meus pais eram extremamente católicos então acabei aprendendo um pouco, e desse pouco aprendi que é extremamente proibido conversar durante a missa; por isso quando entro na igreja e vejo o Padre dando um sermão, me acomodo numa cadeira e espero terminar. Mas assim que entro o Padre lança um olhar mortífero para mim como se não devesse estar ali:

     -Irmãos e Irmãs! Hoje nós testemunhamos a ira de Deus! Assim como no dilúvio nossas casas ficaram alagadas, nossas ruas sumiram, o céu fechou e de lá a fúria de Deus caiu sobre nós!  Assim como a água devolve o branco a nossas roupas, a tempestade  lava nossos pecados! Estou certo irmãos?!
      -Sim!
      -Pois bem meus jovens! Deus lançou a tempestade em nós para nos testar! Quando o homem comeu a maça de Éden, Deus perdeu toda credibilidade em nós. Hoje mais uma vez ele nós testa; aqueles que pereceram hoje se afogaram nos próprios pecados, não havia salvação para a alma deles. Aqueles que hoje sobrevivem estão livres de seus erros, mas isso não os impede de pecar de novo apenas param serem julgados por Deus novamente! Amém!

             Me controlo muito para não atacar o Padre, então começo a prestar mais atenção na Igreja do que no sermão em si. Era uma capela normal, parede branca, imagens de cristo por todo lado, altar com meia taça de vinho (o Padre deve ter tomado a outra metade), cadeiras enfileiradas, famílias reunidas, pais tentando alegrar as esposas de que são bons maridos e que não cortejam a secretária, Mães que fingem serem boazinhas para que as amigas não falem por suas costas (elas falam mesmo assim), crianças que dormem ou fingem serem boazinha iguais aos pa... No meio da capela vejo um menino ruivo e recheado de sardas. Não consigo lembrar muito bem do garoto, mas senão me engano ele estava no ônibus escolar hoje, o mesmo que levou Bela embora. Não pode ser, é muita coincidência:
        -Por isso irmãos! Lembrem que hoje Deus matou todos os infiéis, seja por meio da água, seja por outros meios. Vocês foram sobreviventes, Deus os considera dignos de se redimir com ele; vocês foram os escolhidos a trilhar o caminho de deus! É fácil identificar um pecador. Eles estão nas nossas casas, no nosso trabalho, estudam com seus filhos. O nosso governo espalhou os infiéis por todo nosso sistema: universidade estão sujas, bairros inteiros da cidade estão sujos, supermercados, shoppings, até nossa pobre igreja foi contaminada com tal podridão agora!

                Meu Deus!  Agora eu entendi! Me levanto calmamente de meu assento e me retiro, consigo até sentir o sorriso do padre ao perceber que entendi o duplo sentido. O garoto ruivo deve ter sido influenciado pelo discurso, provavelmente foi ele que amarou Ororo hoje de manhã.
                  Como é possível! Em pleno século 21 um pensamento tão imbecil! Eu não consigo acreditar! Vou anotar o nome da capela e pedir pra ser investigada pelo departamento! Assim que saco meu celular percebo que horas são: 9:30...

                                          Duas horas. Duas mortes

                                                        Continua